Operação Coffee Break investiga fraude fiscal milionária no setor do café no Sul de Minas
Na manhã desta terça-feira, 27 de fevereiro, foi deflagrada a Operação Coffee Break, que tem como objeto a apuração de fraudes tributárias por grupo econômico de expressão no mercado de comercialização de café. A fraude é operacionalizada através de associação criminosa especializada em criação de empresas de fachada, as quais emitem notas fiscais falsas e assumem de modo simulado a carga tributária, sem o devido recolhimento de ICMS ao Estado de Minas Gerais. Estima-se a sonegação fiscal no valor de R$ 340 milhões relacionada ao grupo econômico localizado em Varginha, no Sul de Minas Gerais.
Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, sendo 12 deles em Varginha e um em Botelhos.
Conforme o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), além do crime
de sonegação fiscal, os investigados podem responder pelos crimes de
associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Foram alvo de busca e apreensão as residências dos gestores do grupo
econômico que se beneficia da fraude e dos membros da associação
criminosa, bem como as empresas utilizadas no esquema criminoso.
Segundo apurado, a associação criminosa era especializada em
fornecimento de serviços ilícitos para sonegação de ICMS no setor do
café em Minas Gerais. Ela oportunizava com sua estrutura: venda de café
sem a emissão de documentos fiscais obrigatórios; substituição do real
vendedor em operações interestaduais; triangulação fictícia de notas
fiscais; emissão de notas fiscais falsas para controle de estoque. O
esquema criminoso é bastante sofisticado, contando com planejamento e
controle das operações simuladas, tudo com o objetivo de conferir
aparência de licitude às fraudes, embaraçando a fiscalização.
A operação foi desenvolvida pelo CIRA, em modelo de força-tarefa, com
participação do MPMG, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa
da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), Receita Estadual de Minas
Gerais, Polícias Civil e Militar, na regional do CIRA em Varginha.
As investigações contaram com a participação de sete promotores de
justiça, seis servidores do MPMG, 37 servidores da Receita Estadual de
Minas Gerais, 38 policiais militares, dois delegados de polícia e 11
policiais civis. Os trabalhos contaram com o apoio dos Caoets de Belo
Horizonte e Contagem, e dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco) de Passos, Varginha e Pouso Alegre.
Por Ascom/Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
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Operação Coffee Break investiga fraude fiscal milionária no setor do café no Sul de Minas
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fevereiro 27, 2024
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